CRISES DO PETRÓLEO
Transformado em uma das mais importantes fontes de energia do mundo, o petróleo ainda ocupa posição fundamental no sustentáculo de várias economias. Atualmente, a variação do preço do barril no mercado internacional é capaz de provocar crises econômicas de grandes proporções. Desde os mega investidores até os mais simples consumidores da cadeia econômica, se transformam em um frágil alvo das oscilações do “diamante negro”.
A expansão de seu consumo aconteceu, inicialmente, graças à popularização dos automóveis produzidos em série e a utilização de motores combustíveis em outros meios de transporte. Com isso, na primeira metade do século XX, grandes indústrias petroleiras buscaram capitanear a exploração desse recurso, principalmente no Oriente Médio. Frágeis ou mesmo sem condições de controle, essas nações viram sua riqueza nacional sistematicamente explorada.

Apesar disso, outras questões políticas serviram para que o controle exercido pelas nações do Oriente Médio causasse serias preocupações aos grandes capitalistas. No começo da década de 1970, as nações produtoras começaram a regular o escoamento da produção petrolífera por conta de sua natureza não renovável. Em 1973, o valor do barril mais que triplicou em um curto período de três meses.

Outra crise de grandes proporções também aconteceu no ano de 1979, quando os iranianos organizaram a deposição do ditador Xá Reza Pahlevi. Com a sua saída do poder, o cenário político do Irã foi controlado pelos xiitas apoiadores do aiatolá Khomeini. Até a organização do setor petrolífero desta nação, o barril de petróleo atingiu o estratosférico preço de US$ 80,00. Somente na segunda metade da década de 1980 que o valor do petróleo passou a diminuir.
O destaque destas duas crises indica que a economia de nações poderosíssimas está intimamente ligada a essa fonte de energia. Sendo o petróleo um recurso natural não renovável, muitos países investem na exploração de outras fontes de energia que possam sustentar o quadro econômico futuro. Contudo, ainda é difícil imaginar as várias transformações que um mundo sem petróleo poderia exercer na economia, na sociedade e, até mesmo, no jogo político internacional.
Por Rainer Sousa
Graduado em História
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