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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Donald Trump e a rejeição à globalização




Contrariando quase todas as projeções, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos (EUA) após a votação realizada em 8 de novembro. Para perplexidade mundial, o republicano, que causou polêmica durante a campanha com um discurso xenófobo, racista e misógino, derrotou a candidata democrata Hillary Clinton, favorita nas pesquisas.
A candidatura de Trump mostrou ter um apelo grande entre o eleitorado branco, de classe média, sem ensino superior. Trata-se de um dos estratos da população norte-americana que mais foi afetado economicamente nos últimos anos, com o achatamento da renda e a falta de perspectivas de ascensão social.
Nesse sentido, o discurso populista de Trump soou como música para os ouvidos desses eleitores. Durante sua campanha, o agora presidente eleito culpou os imigrantes e as parcerias comerciais com outros países pelas mazelas econômicas no país. Dessa forma, Trump propõe uma série de ações que ameaçam uma ruptura com o atual sistema, que os EUA ajudaram a moldar e por meio do qual consolidaram sua hegemonia mundial: a globalização.
Tema sempre presente nos vestibulares e no Enem, a globalização enfrenta uma série de contestações no mundo desenvolvido, que se manifestam não apenas na eleição de Trump, mas também no plebiscito que iniciou o processo de saída do Reino Unido da União Europeia – o Brexit.
Por isso, é importante entender de que forma a vitória de Trump pode abalar quatro dos principais pilares da globalização:
1. A livre circulação de pessoas
O discurso anti-imigratório foi um dos pontos mais polêmicos na campanha presidencial de Trump. O republicano prometeu deportar os 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem nos EUA, erguer um muro na fronteira sul do país para impedir a entrada de mexicanos e barrar o ingresso de muçulmanos no país.
Na visão do presidente eleito, os estrangeiros competem com os norte-americanos pelos postos de trabalho nos EUA, e a sua expulsão seria uma forma de combater o desemprego. Já os muçulmanos são considerados por Trump potenciais terroristas que devem ser impedidos de entrar no país. Embora a forma como o governo lida com os estrangeiros que vivem no país sempre tenha sido um tema sensível, Trump aponta o dedo diretamente para os imigrantes culpando-os pelas mazelas econômicas dos EUA. Dessa forma, ele se une a um movimento bastante forte na Europa ao se contrapor a um dos elementos mais frágeis da globalização: a livre circulação de pessoas.
2. Os acordos comerciais
Os acordos comerciais são outro componente essencial da globalização. Com o objetivo de estimular as trocas comerciais, os países se unem em blocos econômicos, que reduzem ou eliminam as barreiras alfandegárias. Com isso, as mercadorias ficam mais baratas no comércio entre os países-membros, tornando suas economias mais integradas.
Desde 1994, os EUA fazem parte do Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), com o México e o Canadá. Em 2015, o país assinou um acordo para criar a maior área de livre comércio do mundo, o Acordo Transpacífico (TPP), que inclui 12 nações e somam 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. O acordo ainda depende de aprovação parlamentar dos países-membros para entrar em vigor
Durante sua campanha, Trump disse que irá rever os termos do acordo com os EUA com o Nafta e irá retirar o país do TPP. Por trás desse discurso, está a alegação de que, ao facilitar as importações, esses acordos prejudicam setores essenciais da economia – no caso dos EUA, principalmente a indústria. Isso leva muitas empresas a fecharem as portas e a demitir funcionários.
3. A Divisão Internacional do Trabalho
A globalização e os avanços tecnológicos impuseram uma nova Divisão Internacional do Trabalho. As companhias transnacionais, muitas delas com sede nos EUA, passaram a montar fábricas para produzir em países mais pobres, transferindo empregos para lugares como China, México, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia e Brasil. Essas empresas são atraídas pela maior oferta de matéria-prima e energia, mão-de-obra mais barata e isenções fiscais.
Dessa forma, muitas empresas transnacionais distribuem seu processo produtivo por todo o globo. Um carro, por exemplo, pode ter o seu motor feito num país, o chassi em outro, os acessórios num terceiro e ser montado em outra nação, mais próxima dos mercados consumidores.
Para Trump, esse modelo foi responsável pelo fechamento de diversas fábricas no país, prejudicando a geração de empregos na indústria. Diante deste cenário, o presidente eleito prometeu que irá cobrar mais impostos das empresas que decidirem migrar para o exterior, tentando impor restrições a essa divisão internacional do trabalho que se consolidou com a globalização.
4. O processo de integração internacional
A globalização também é caracterizada pela maior integração entre as nações. Instâncias multilaterais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) servem de palco para a deliberação conjunta de medidas de interesse internacional. E os EUA, na condição de maior potência econômica e militar do planeta, exerce o papel de fiador desse sistema internacional de nações. Sua liderança têm permitido ao país e muitos de seus aliados extrair diversos benefícios econômicos da globalização, fortalecendo suas empresas com atuação internacional e as instituições financeiras. No campo militar, a postura intervencionista dos EUA tem como propósito manter o equilíbrio das rivalidades regionais, evitando que a hegemonia de alguma nação possa ameaçar a sua própria liderança mundial.
Sobre o processo de integração mundial, Trump disse: “Nós não deixaremos mais este país ou o seu pavo cair no falso canto do globalismo. Eu sou cético em relação a uniões internacionais que prejudicam os EUA”, disse o republicano.
Conforme abordado nos tópicos anteriores, Trump propõe medidas protecionistas na economia, que têm por objetivo fechar o país ao comércio internacional.
Já no plano geopolítico, sua agenda também tem um caráter isolacionista. Durante a campanha, Trump deixou claro que sua política externa será moldada a partir do lema “America First” – ou seja, os interesses norte-americanos em primeiro lugar. Dessa forma, Trump quer restringir a abrangência das parcerias militares com aliados históricos. Ele alega que os EUA gastam muito repassando ajuda financeira a parceiros históricos como Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita.
Outra possível ruptura tem como alvo alguns acordos internacionais firmados pelo atual presidente Barack Obama. O Acordo de Paris, assinado por todos os membros da ONU em dezembro passado e que entrou em vigor neste mês, impõe limites às emissões de gases do efeito estufa para os próximos anos. Trump é cético em relação ao aquecimento global e pode ignorar os termos do Acordo de Paris. Já a reaproximação com o Irã e com Cuba também corre risco – Trump já ameaçou romper com o acordo que restringiu o alcance ao programa nuclear iraniano e é evasivo quanto ao processo que levou EUA e Cuba a reatarem as relações diplomáticas no ano passado.

Resumo : Mundos Unipolar, Tripolar e Policêntrico e seus desdobramentos políticos



Resultado de imagem para mundo bipolar e multipolar

Se durante a Guerra Fria, o que se viu foi a oposição sistemática de dois blocos, no mundo atual, livre da bipolaridade, existe uma situação mais policêntrica ou multipolar, onde as possibilidades de relacionamento entre Estados e regiões se multiplicam.

O espaço mundial das últimas décadas tem sido caracterizado pela globalização da economia, que relaciona a abertura das fronteiras nacionais para a livre circulação de mercadorias e investimentos com o estabelecimento de alianças comerciais regionais, os chamados blocos econômicos.

No mundo contemporâneo, três grupos diferentes de países convivem: os que ainda se apóiam principalmente em atividades agrícolas voltadas para o auto-consumo e nos quais as relações capitalistas são pouco desenvolvidas, os países que desenvolveram atividades industriais e comerciais, mas apresentam problemas econômicos e populações pobres; e, liderando o processo, um conjunto de países onde a economia é plenamente desenvolvida e a produção está apoiada na utilização de tecnologias sofisticadas.

Nesse contexto, os países agrários, com baixa qualificação profissional da população e diminuto mercado consumidor, ficam marginalizados no mercado global; os países dependentes com destacado desenvolvimento capitalista tornam-se pólos de atração de investimentos, os chamados países emergentes, e os países capitalistas avançados comandam a globalização em seu conjunto, liderados pelos Estados Unidos.

A Globalização dos anos 1990 está bastante ligada às idéias neoliberais valorizadas desde 1979, no Reino Unido e nos EUA, que pregam o chamado Estado mínimo, com a redução da participação do Estado na economia e a abertura da economia para o exterior, facilitando a circulação de investimentos e de produtos.

Os Acordos Regionais de Livre Comércio 

O processo de globalização apresenta dois movimentos contraditórios. Por um lado, temos um amplo processo de abertura da economia e desenvolvimento do comércio multilateral, cujo fórum internacional é a Organização Mundial do Comércio (OMC ), criada em 1995. Por outro lado, temos a constituição de alianças econômicas regionais, mais conhecidas como blocos econômicos. A essa nova realidade se dá o nome de Mundo Multipolar que compreende os pólos de maior poder econômico, representados pela União Européia, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA ), o Mercado Comum do Sul ( Mercosul ) e o chamado Bloco do Pacífico, que reúne de maneira informal os parceiros asiáticos do Japão e dos Estados Unidos da América.

Os chamados blocos Americano, Europeu e Asiático controlam aproximadamente 81% dos investimentos realizados em escala mundial; cada um desses blocos atua numa área diferente do globo e, se considerados os principais pontos de concentração de seus investimentos, observa-se que a principal área de influência do Bloco Americano corresponde à América Latina, onde os Estados Unidos realizam 61% de seus negócios; no leste e sudeste da Ásia, onde se encontram 52% dos negócios japoneses, e no o Leste Europeu, onde as potências da União Européia investem boa parte do seu capital.

União Europeia 

A União Europeia (UE) foi criada em 1957 com objetivo de promover um crescimento mais acelerado dos países da Europa Ocidental. Em 1993 essa organização chegou ao estágio da união aduaneira e, a partir da entrada em vigor dos Tratados de Maastricht, os países da U.E. partiram para a constituição simultânea de uma união política e de uma união econômica, concretizada em 1999 quando a sua moeda única , o Euro, começou a ser introduzido de forma gradativa nos países membros.

Acordo de Livre Comércio da América do Norte ( NAFTA)

O NAFTA é uma associação que pretende promover a integração econômica entre os Estados Unidos da América, o Canadá e o México . Essa ideia surgiu da preocupação norte-americana diante do fortalecimento europeu em 1986, quando teve início o projeto de unificação política e econômica da atual União Européia. Isso levou os Estados Unidos a intensificar seus laços de comércio regional.

O Poder Asiático

O Bloco Asiático não corresponde exatamente a um aliança econômica, pois não existe um acordo formal definindo as regras para o seu funcionamento. O que costuma ser chamada por esse nome é uma região onde se observa a influência econômica e os investimentos realizados pelo Japão, que iniciou sua expansão econômica e financeira em direção aos seus vizinhos do leste e sudeste da Ásia em 1959.

A aliança estabelecida com os Estados Unidos a partir da década de 1950 com o objetivo de dificultar a expansão socialista no extremo oriente contribuiu para transformar o Japão na segunda maior economia do mundo. Seus investimentos estimularam a industrialização e o crescimento dos países conhecidos como Tigres Asiáticos , que apresentaram uma boa performance econômica internacional desde os anos 80 e aparecem atualmente como importantes exportadores de automóveis, de produtos eletrônicos e até de produtos de tecnologia de ponta, como micro-computadores. Vale destacar o boom econômico chinês e a industrialização dos Novos Tigres ( Malaísia, Tailândia, Vietnã e Filipinas ). 
Em 1997, esses países do Bloco do Pacífico foram atingidos por uma grave crise financeira, que colocou em xeque os rumos da globalização. O período posterior à crise resultou em um grande declínio da produção; mas hoje, esses países vivenciam uma gradativa recuperação, principalmente na Coréia do Sul que, voltou a figurar no grupo dos países emergentes.

O Mercosul 

O Mercosul é um exemplo de bloco regional estruturado fora dos principais pólos de decisão. O Mercado Comum do Sul, definido com a assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, reúne os dois países mais industrializados da América do Sul, Brasil e Argentina, ao Paraguai e Uruguai. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador também participam do Mercosul, atualmente como membros associados, enquanto a Venezuela está em processo de adesão.

A participação nesse bloco amplia o mercado para as empresas localizadas nos países membros, que podem ampliar sua escala produtiva, obtendo maiores lucros. Isso contribui para a atração de investimentos internacionais, que tem no Brasil a localização mais atraente para a instalação de novas indústrias, que exportam seus produtos com facilidade e para os parceiros do Mercosul.

Trabalho: saiba como o tema é abordado nas avaliações. 




As atuais transformações nas relações de trabalho e nos modos de produção estão entre os temas mais cobrados pelos examinadores dos principais vestibulares do país. Afinal, trata-se de um assunto-chave para entender a questão do emprego do mundo e a dinâmica da globalização e do funcionamento da economia nos dias de hoje.

Veja a seguir de que forma o tema pode ser cobrado nos exames e o que você precisa saber para responder bem a estas questões:

1. O impacto da tecnologia na produção e no emprego

Os avanços tecnológicos permitem que as indústrias invistam cada vez mais em linhas de produção automatizadas, capazes de aumentar a quantidade fabricada a um custo menor. Da mesma forma, com a informatização crescente no setor de serviços, como acontece nos bancos, muitas empresas conseguem reduzir os gastos de suas operações.

Este corte de despesas, contudo, traz consigo um perverso efeito colateral: o desemprego. Isso porque a informatização implica na substituição da mão de obra humana e na consequente eliminação de postos de trabalho. Ao reduzir os custos de produção e os gastos com salários e encargos trabalhistas, as empresas conseguem maximizar seus lucros, mas a medida afeta toda uma classe de trabalhadores.

Nas tarefas mais braçais e repetitivas esta situação já é uma realidade. Mas com o avanço da robótica e da inteligência artificial, até mesmo algumas atividades cognitivas já começam a dispensar a mão de obra humana. Por isso, essa ideia de progresso geralmente associada ao avanço da tecnologia precisa ser relativizada neste atual estágio do capitalismo.

2. A nova Divisão Internacional do Trabalho

O advento da globalização e os avanços tecnológicos também impuseram uma nova Divisão Internacional do Trabalho. Com a maior interdependência entre as nações e o aumento da competitividade entre as empresas, houve uma mudança na distribuição das atividades produtivas e dos serviços entre os países do mundo.

Além de reduzir os custos com a substituição de parte da mão de obra humana pelo trabalho automatizado, as empresas encontraram uma outra forma de diminuir ainda mais as despesas. As companhias transnacionais com sede nos países mais ricos passaram a montar fábricas para produzir em países mais pobres, transferindo empregos para lugares como China, México, Coreia do Sul, Indonésia, Tailândia e Brasil. Essas empresas são atraídas pela maior oferta de matéria-prima e energia, mão-de-obra mais barata, isenções fiscais e legislação ambiental menos rígida nos países periféricos.

Dessa forma, muitas empresas transnacionais distribuem seu processo produtivo por todo o globo. Um carro, por exemplo, pode ter o seu motor feito num país, o chassi em outro, os acessórios num terceiro e ser montado em outra nação, mais próxima dos mercados consumidores.

3. Precarização e trabalho escravo

O deslocamento das linhas de produção dos países ricos para as nações periféricas também expõe uma outra situação: a precarização das condições de trabalho. Em muitos casos, as empresas transferem suas fábricas para países mais pobres, onde os sindicatos são fracos e a legislação trabalhista é menos rígida. Dessa forma, os trabalhadores são expostos a longas jornadas de trabalho, baixa remuneração e sem proteção social, como férias remuneradas, seguro-desemprego e aposentadoria. São notórios os casos de oficinas de confecção que exploram o trabalho vulnerável e produzem roupas para famosas grifes mundiais. A maioria delas está instalada em nações do Sudeste Asiático, como Bangladesh, Vietnã e Indonésia.

Em situações extremas, a exploração da mão de obra acaba levando o trabalhador a viver em condições análogas à escravidão. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima em 21 milhões o número de trabalhadores nessa situação. A maioria dos casos envolve situações degradantes de trabalho, servidão por dívida, confinamento físico e jornadas exaustivas. As vítimas costumam ser as populações mais vulneráveis – mulheres e meninas forçadas à prostituição, migrantes que se submetem a condições deploráveis com medo de serem deportados e indígenas. Países emergentes e em desenvolvimento da Ásia concentram mais da metade do total desses trabalhadores, que atuam, principalmente, em serviços domésticos, na agricultura e na construção civil.

No Brasil, apenas em 2015, o Ministério do Trabalho e Previdência Social resgatou 1.010 trabalhadores, que se concentravam nos setores de extração de minérios, construção civil, agricultura e pecuária. Em em capitais como São Paulo, muitos imigrantes de países como Bolívia, Peru, Paraguai e Haiti são aliciados para trabalhar em condições de escravidão em confecções de roupas.

4. A flexibilização das leis trabalhistas

Diante das atuais dificuldades para criar novos postos de trabalho e sustentar o nível de emprego, as empresas em diversas partes do mundo começam a pressionar os governos para alterar as legislações trabalhistas. Na base destas reivindicações está a reclamação dos empresários de que os encargos com os direitos trabalhistas são muito elevados e comprometem a capacidade das empresas de contratar mais funcionários.

No entanto, os sindicatos têm refutado as propostas neste sentido, sob a alegação de que os trabalhadores tendem a ser prejudicados em muitos aspectos, com possíveis reduções salariais, aumento da jornada de trabalho e perda de direitos referentes à proteção social.

No Brasil, o presidente interino Michel Temer anunciou que pretende encaminhar até o final do ano uma proposta de reforma trabalhista. Entre as propostas está a chamada “flexibilização” dos direitos, permitindo que as negociações coletivas entre patrões e empregados prevaleçam sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que regulamenta atualmente as relações trabalhistas. Esta possibilidade é vista pelos sindicatos como uma forma de dar mais poder aos patrões, que podem coagir seus empregados a aceitar um acordo menos vantajoso do que aquele que determina a lei.

terça-feira, 25 de outubro de 2016





RESUMO

Urbanização

DEFINIÇÃO: Urbanização é o processo de formação ou de ampliação das áreas urbanas, em contraposição às áreas rurais. As regiões urbanas são marcadas pela alta densidade populacional (grande número de habitantes por área), pela predominância de atividades econômicas relacionadas à indústria, ao comércio e aos serviços e pela existência de equipamentos públicos de uso coletivo, como escolas e centros de saúde. 

TENDÊNCIA GLOBAL: As zonas urbanas atraem as pessoas por oferecer, teoricamente, melhores condições de vida, traduzidas em mais oportunidades de trabalho, saúde, educação e lazer. A população urbana global aumenta a uma taxa quase duas vezes maior que a da população em geral. No Brasil, cerca de 85% da população mora em cidades. 

CRESCIMENTO DAS CIDADES: Com o aumento da urbanização, a área das cidades se amplia. Os limites entre municípios vizinhos se estreitam e desaparecem (processo chamado de conurbação). O processo acelerado de urbanização, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil, provocou e agravou uma série de problemas, como déficit habitacional, carências no transporte e na oferta de serviços públicos, como saneamento básico, saúde e educação. 

MOBILIDADE É: um dos principais desafios das metrópoles brasileiras. A falta de planejamento e a prioridade dada ao automóvel relegou o transporte coletivo ao segundo plano. Como resultado há grandes congestionamentos nas ruas e avenidas, demora nos deslocamentos, lotação de ônibus e poluição do ar. 

SOLUÇÕES EM TRANSPORTE: Especialistas apontam que para melhorar a qualidade do transporte público é preciso um planejamento urbano que integre os diferentes meios, como ônibus, metrô, trens e ciclovias. Além disso, outras medidas podem ser adotadas, como rodízio de veículos, pedágio urbano, implantação de corredores e faixas exclusivas para ônibus e restrição de tráfego e de estacionamento.


Texto completo : Urbanização: Os desafios crescentes das grandes metrópoles

Simulado :


Urbanização e meio ambiente

Relembre os principais conceitos de urbanização e quais são os problemas ambientais causados por esse processo




A urbanização é o fenômeno que resulta em um aumento da população que vive nas cidades em relação à que vive no campo. O Brasil é majoritariamente urbano desde a década de 1960, quando o país passou por um processo de industrialização. Atualmente, mais de 80% da população brasileira vive em cidades.





É o encontro de duas ou mais cidades próximas devido ao seu crescimento horizontal, como é o caso, por exemplo, da região do ABCD paulista, na grande São Paulo. Nas cidades em processo de conurbação geralmente acontece o fenômeno da migração pendular, quando diariamente milhares de pessoas deixam sua cidade de manhã para trabalhar em outra e voltam para casa só à noite.



Metrópoles são cidades de grande importância que exercem influência cultural, social e/ou econômica sobre as demais cidades da região. Elas geralmente possuem uma enorme população e a melhor infraestrutura urbana da região, incluindo também as melhores universidades e serviços de saúde. Belo Horizonte, Curitiba, Belém e São Paulo são algumas das metrópoles que existem no Brasil.



As metrópoles podem ser classificadas como: mundiais ou globais, quando exercem influência não só em seu país, mas no mundo todo (no Brasil, é o caso de São Paulo e Rio de Janeiro); nacionais, quando são as principais cidades da rede urbana e exercem influência sobre o país (como, por exemplo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília); regionais, quando sua área de influência se estende pela região próxima (Goiânia, Belém, Manaus).




Megalópoles são o resultado do aglomerado de duas ou mais metrópoles. O termo foi criado nos anos 60 por Jean Gottmann, que estudava as regiões urbanas dos Estados Unidos. No Brasil, o eixo São Paulo-Rio de Janeiro (incluindo Campinas, as cidades da Baixada Santista, do Vale do Paraíba e da Rodovia Castelo Branco) é considerado uma megalópole. A imagem mostra essa megalópole observada por um satélite à noite.




Regiões metropolitanas geralmente são resultado de um processo de conurbação. No entanto, é possível que regiões desse tipo surjam sem ter necessariamente acontecido esse processo. Nelas, um conjunto de municípios próximos é integrado socioeconomicamente a uma cidade principal, com serviço público e infra-estruturas comuns.




Um dos principais problemas ambientais urbanos é a poluição da água. Não são raros os casos em que, ao ser devolvida para o ambiente, a água encontra-se contaminada por substâncias químicas, geralmente devido ao seu uso pelas indústrias. Além disso, muitos detritos são lançados em rios e oceanos sem passar por um processo de tratamento.




Áreas urbanizadas apresentam uma temperatura maior em relação a suas áreas vizinhas, o que caracteriza o fenômeno das ilhas de calor. Isso acontece devido à modificação que o homem realiza no espaço. Prédios, asfalto, concreto e menor presença de vegetação nas cidades fazem com que a temperatura aumente. A imagem mostra a distribuição de temperatura na cidade de Atlanta, nos Estados Unidos. O azul representa as temperaturas mais frias, o vermelho as intermediárias e o branco as quentes, que chegam a até 50 ºC.




Devido às ilhas de calor, as precipitações são maiores nas áreas urbanas do que nas áreas rurais. O asfalto e o concreto das cidades aumentam a impermeabilização do solo, que somada à canalização dos rios facilita com que ocorra um transbordamento deles, resultando então nas enchentes. 




A chuva ácida acontece devido à liberação de óxidos de nitrogênio, dióxido de carbono e dióxido de enxofre no ar, que misturados ao vapor dágua precipitam na forma de ácido nítrico e ácido sulfúrico. Ela é prejudicial para os edifícios e monumentos (principalmente as estátuas de calcário, como mostra a imagem), que vão sendo corroídas com o passar do tempo.




A inversão térmica é um fenômeno natural que é observado em áreas mais rurais. Mas, quando intensificado nas cidades devido à industrialização, ele pode trazer muitos efeitos nocivos à saúde. Esse fenômeno acontece quando uma camada de ar quente se sobrepõe a uma camada de ar frio, impedindo que ela circule. Essa camada de ar frio que fica retida próxima à superfície geralmente carrega uma grande concentração de poluentes, que causam desde doenças respiratórias até intoxicações. 





Fonte: Guia do estudante





ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA E GENTRIFICAÇÃO

Entre 2009 e 2015 mais de 22 mil famílias foram despejadas no Rio de Janeiro, o que já é considerado o período histórico com o maior número de remoções na cidade. Segundo o Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas, este processo serviu para beneficiar investimentos imobiliários e turísticos, alimentando um processo conhecido como especulação imobiliária e gentrificação.

Especulação imobiliária: ocorre a partir da valorização de um terreno ou imóvel. Esta valorização pode ocorrer devido a um investimento privado na região, cujo objetivo é aumentar o preço final deste terreno ou imóvel. Mas também pode acontecer por meio de obras públicas de melhoria dos entornos e dos serviços – como no caso das Olimpíadas do Rio.

De modo geral, os especuladores costumam manter os seus estabelecimentos vazios esperando uma futura valorização. Após as obras para as Olimpíadas do Rio, grandes investidores acabaram se beneficiando com o aumento dos preços de seus terrenos e imóveis a partir dos gastos governamentais na região.

Gentrificação: é um fenômeno associado à especulação imobiliária. Trata-se da expulsão de um grupo de pessoas de baixa renda de uma região, bairro ou cidade, para a entrada de outro, com maior poder aquisitivo. Em geral, esse deslocamento acontece através do aumento dos valores dos imóveis e aluguéis por melhorias nos serviços públicos e privados, como no caso das regiões que receberam as obras para as Olimpíadas. Isso obriga a população local a mudar-se para áreas mais periféricas, com piores serviços e baixa qualidade de vida.

No Rio de Janeiro, a Vila Autódromo e a favela do Vidigal são algumas das regiões que mais estão sofrendo com o processo de gentrificação, acelerado por conta da Copa do Mundo em 2014 e agora com as Olimpíadas.


Urbanização no Brasil – resumo



O que é – Urbanização é o aumento da proporção da população que vive nas cidades em relação à que vive no campo. Atualmente, ela é mais acelerada em países em desenvolvimento, como o Brasil, ou pouco desenvolvidos. Desde 2008, a população urbana mundial é maior que a rural, e essa proporção continua crescendo.

Brasil urbano – Desde a década de 1960, mais precisamente em 1965, a população brasileira passou a ser majoritariamente urbana. Hoje o país está entre ao mais urbanizados do mundo, com mais de 80% dos habitantes morando nas mais de 5,5 mil cidades brasileiras.


Regiões metropolitanas – O Brasil possui 31 regiões metropolitanas, que abrigam um terço dos domicílios urbanos e 30% da população do país. A maior delas, a Grande São Paulo, é uma megalópole com 18 milhões de habitantes.


Problemas ligados à urbanização – A urbanização desordenada acentua a desigualdade social. O déficit habitacional de milhões de moradias, por exemplo, contribui para o crescimento da população de rua e crescente favelização ou mesmo a criação de movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST)

domingo, 25 de setembro de 2016

Capitulo de livro resumindo o espaço industrial mundial.







O Brasil e o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU

O IDH significa Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida importante da ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população. O objetivo da criação do IDH foi de oferecer um contraponto a outro indicador muito usado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que leva em conta tão somente a dimensão econômica do desenvolvimento.


O IDH foi criado pelo economista paquistanês Mahbub Ul Haq com a colaboração do economista Indiano Amartya Sem, prêmio Nobel de economia de 1988. Desde 1993, anualmente o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) elabora o chamado Relatório de Desenvolvimento Humano, com base em três pilares, a saber: saúde, educação e renda, que são mensurados da seguinte forma:

a) uma vida longa e saudável (saúde): expectativa de vida ao nascer;

b) o acesso ao conhecimento (educação): média de anos de estudo (adultos) e anos esperados de escolaridade (crianças); e, finalmente, considera-se a taxa de alfabetização e a taxa de matrícula.

c) um padrão de vida decente (renda): considera-se o PIB per capita (PIB total dividido pelo número de habitantes do país) medido em dólares.

O IDH varia de uma escala de O (zero), nenhum desenvolvimento humano, a 1 (um), desenvolvimento humano total. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é utilizado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões. O ranking divide os países em 4 (quatro) categorias, com índices de desenvolvimento “muito elevado”, “elevado”, médio” e “baixo”.

Nos últimos trinta anos, o Brasil registrou um crescimento de 36,4% no IDH. Segundo a ONU, passou de 0,545 (desenvolvimento “baixo”) em 1980 para 0,744 em 2013 (desenvolvimento “elevado”). Em termos de desenvolvimento humano, o Brasil mostra uma melhora consistente da condição de vida das pessoas nos últimos 30 anos. Foi um dos países do planeta que mais evoluiu, segundo os estudiosos do IDH.

Esta notícia alvissareira contudo transforma-se numa inquietude pelo Relatório do IDH 2014. O Brasil perdeu uma posição no ranking que mede o IDH dos países e ficou em 75º lugar em 2014, segundo relatório da ONU, em relação a 188 países. Quem passou à frente do Brasil em 2014 foi o Sri Lanka, ilha ao sul da Índia com cerca de 21 milhões de habitantes.

Segundo o relatório IDH 2014, a Noruega ocupa a primeira posição do ranking desenvolvimento humano da ONU, com um índice de 0,944. Vejamos os 10 melhores IDHs do mundo: 1. Noruega- 0,944; 12. Austrália – 0,935; 3. Suíça- 0,930; 4. Dinamarca – 0,923; 5. Holanda – 0,922; 6. Alemanha – 0,916; 7. Irlanda – 0,916; 8. EUA – 0,915; 9. Canadá – 0,913; 10. Nova Zelândia – 0,913.

Os 10 piores IDHs do mundo: Rep. Democrática do Congo (176º) - 0,433; Libéria (177º) – 0,430; Guiné-Bissau (178º) – 0420; Mali (178º) 0,419; Moçambique (18º0) 0,416; Serra Leoa (181º) 0,423; Guine (182º) -0,411; Burkina Faso (183º) 0,402; Burundi (184º.burundi) – 0,400; Níger (188º. – 0,348.

Seguem os 15 melhores índices da América Latina: 1. Argentina (40º no ranking mundial, 0,836); 2. Chile (42º), 0,832; 3. Uruguai (52º),- 0,793); 4. Bahamas (55º) – 0,790; 5. Barbados (57º) – 0,785; 6. Antígua e Barbuda (58º) - 0,783; 7. Panamá (60º) – 0,780; 8. Trinidad e Tobago (68º) – 0,772; 9. Cuba – 67º) – 0,769; 10. Costa Rica (69º) – 0,766; 11. Venezuela (71º) - 0,762; 12. México (74º) - 0,756; 13. Brasil (75º) - 0,755; 14. Peru (84º) – 0,734; 15. Equador (88º) – 0,732.

Como vemos, em termos de América Latina o Brasil não está bem na foto não. Entre os 15 melhores índices, o Brasil coloca-se na 13ª. posição do ranking e só não está à frente do Peru e Equador.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016


África (política, economia e aspectos geográficos) - dicas e questões comentadas

 




Continente mais extenso da zona intertropical, apresenta quadro natural heterogêneo e é povoado por diversas culturas e etnias. Muito explorada pelas potências europeias na época colonial, hoje é marcada por guerras civis, instabilidade política e econômica.

ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS


Relevo: predominam os planaltos antigos e desgastados, quase sempre com altitude inferior a mil metros. Quando o escudo cristalino aflora, ocorrem grandes jazidas de diversos minerais, como ferro, cobalto e magnésio. Planícies aparecem em áreas litorâneas e adentram o continente apenas onde correm alguns grandes rios, como o rio Senegal e o Gâmbia. Uma grande falha geológica no leste da África a separou da Península Arábica, originou o Mar Vermelho e rebaixou o relevo da região – que acumulou água e formou o Planalto dos Grandes Lagos.

Vegetação e clima: a partir do centro do continente, variam na mesma ordem (do úmido para o seco), abaixo e acima da linha do Equador. Partindo-se das florestas equatoriais do Congo e do clima equatorial úmido (no centro), passa-se às savanas e ao clima tropical e, depois, às estepes e aos climas semiáridos. Por fim, chega-se aos desertos e, nos extremos norte e sul do continente, à vegetação mediterrânea.

ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E HUMANOS

A maioria das nações vive em guerra civil, instabilidade política intensa e seca prolongada. Isso gera economias pobres e fragmentadas, incapazes de gerar riquezas para as populações. Caracterizam a África elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e baixa expectativa de vida – agravada pela prevalência da AIDS em até 10% dos habitantes de alguns Estados.

Política: durante a colonização, tribos historicamente rivais foram obrigadas a viver num mesmo país, após a partilha do continente pelas potências europeias. Depois da Segunda Guerra Mundial, ocorrem as lutas pela independência e as tribos passam a disputar o poder entre si. Essa concorrência perdura em diversos países, onde grupos se alternam no poder através de guerras e massacres sangrentos entre etnias diferentes, como os de Darfur e Ruanda.

Economia: mesmo com grandes reservas minerais, a África encontra obstáculos para gerar riquezas. Justamente por serem exportadores apenas de gêneros alimentícios e minerais, os países africanos são vulneráveis à variação internacional de preços (em momentos de preços baixos, falta dinheiro e há endividamento e crise financeira no continente). Os recursos minerais africanos (como petróleo e diamantes) são dominados por poucos, que comumente os usam para financiar guerras civis e não para o desenvolvimento socioeconômico.

FIQUE ATENTO!

- Em 2009, a pirataria reapareceu no Chifre da África (onde está a Somália). Muitos navios cargueiros foram sequestrados, originando pedidos milionários de resgate. Com a completa falência do governo somali, os clãs locais se viram livres para tomar as atitudes que bem entendessem. Assim, em uma típica região deflagrada africana (devastada pela guerra, sem indústrias e carente de infraestrutura agrícola), a alternativa lucrativa encontrada foi a pirataria.

Munidos de lanchas velozes, fuzis de assalto, granada e lança mísseis, os piratas abordavam navios e rumavam para a costa somali, escondendo as embarcações e exigindo resgate. A região dos ataques é rota de passagem de grande parte do petróleo escoado do Oriente Médio e, por isso, essas ações chamaram muita atenção. Mais que isso, esses fatos exemplificam a realidade a que estão submetidos os africanos e as consequências que ela pode gerar.

- Em 2010, a República da África do Sul sediará a Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA). O país já foi adepto de severas leis segregacionistas (conhecidas como Apartheid) e, por conta deste triste passado, a realização do evento surge com esperança de superação de erros históricos e de possibilidade de um futuro melhor – inclusive com a construção do maior estádio da Copa, em Johanesburgo, cidade-símbolo do Apartheid.

COMO JÁ CAIU EM PROVAS ?

(FGV) Sobretudo, a partir da década de 60, o continente africano tem passado por um processo de descolonização, isto é, de independência política formal que:
a) tem permitido às jovens nações superar o atraso econômico motivado pela exploração das antigas metrópoles.

b) desacompanhada da respectiva independência econômica e financeira não conseguiu alterar de forma efetiva as precárias condições de vida da população.

c) reestruturou economicamente as novas nações, uma vez que elas deixaram de produzir para os mercados externos e voltaram-se para as necessidades da população local.

d) alterou sensivelmente o papel das antigas colônias na divisão internacional de trabalho uma vez que estas passaram a ter autonomia econômica.

e) possibilitou a superação das relações de subordinação econômica das antigas colônias através do desenvolvimento de atividades industriais modernas.

(PUC-Campinas) "Recentemente, por questões humanitárias, os Estados Unidos atuaram na Somália mas, poderiam ter optado pelo Sudão ou Etiópia, países vizinhos, com guerras civis e milhões de esfomeados. Nunca o caráter periférico da África foi tão evidente quanto agora, pois não há superpotências que disputem o continente e os países são entregues à própria sorte (ou infortúnio)."

Da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre a África é possível afirmar que

a) as disputas internas provocadas pelos clãs tribais têm alterado a posição do continente no cenário mundial, transformando a África numa área de fracos investimentos.

b) o processo de islamização forçado, pelo qual passa grande parte da África, restringe as possibilidades de intervenção estrangeira no continente.

c) hoje, a busca de mercados consumidores substitui os antigos critérios geopolíticos, e a pobreza da África como um todo, pouco interessa ao mundo desenvolvido.

d) vários órgãos supranacionais têm tentado promover a destribalização da parte mais pobre da África, no sentido de torná-la mais atraente aos investimentos estrangeiros.

e) a manutenção de regimes autoritários, com guerrilhas e atos de terrorismo, tem dificultado a ação das forças de paz e de certa forma influído na Nova Ordem Mundial.

(UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas ligadas ao final do "apartheid" na África do Sul, EXCETO

a) A África do Sul, com as eleições presidenciais de 1994, deu um passo importante para romper com seu passado de discriminação racial.

b) As restrições comerciais impostas ao antigo regime racial foram suspensas, e a África do Sul restabeleceu suas relações comerciais internacionais.

c) O fim do "apartheid" gerou poucas mudanças para a população branca cuja elite continua a controlar a economia e a burocracia do país.

d) O novo país passa a contar com uma população negra, etnicamente homogênea, uma vez que os bantustões formaram países independentes.

e) O novo regime se deparou com a possibilidade de aproximação entre as experiências sociais e econômicas de brancos e negros.

GABARITO

(FGV) Resposta correta: B

(PUC-Campinas) Resposta correta: C

(UFMG) Resposta correta: D

sábado, 3 de setembro de 2016


18 dicas de filmes para estudar Geografia


Cena do filme Tempos Modernos.

Muito além dos livros, cadernos e das aulas explicativas, existem hoje vários recursos que podem ser utilizados nas salas para tornar as aulas mais interessantes e ainda contribuir para o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. Um dos recursos que mais agradam alunos e professores é a utilização de filmes e documentários para estudar determinados temas que são recorrentes em provas e vestibulares. Os filmes são fonte de informação e cultura e, muitas vezes, a forma e a linguagem como as temáticas são abordadas permitem ao estudante uma melhor compreensão do assunto.


O educador pode planejar sua aula de forma a explorar o conteúdo do filme, realizando analogias com o tema trabalhado em sala de aula. As produções audiovisuais podem ainda ser uma opção de atividade extraclasse, uma oportunidade de juntar uma turma e estudar enquanto se divertem e ficar bem preparado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo.


Listamos aqui 18 dicas de filmes para estudar Geografia. Diversos conteúdos dessa disciplina podem ser debatidos através de filmes, proporcionando condições para uma reflexão crítica dos acontecimentos, inclusive de atualidades. Alguns estão disponíveis em serviços de streaming ou também para locação on line. Preparem a pipoca e que comecem os estudos.


1 – Lincoln: dirigido por Steven Spielberg, o filme mostra a luta de Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos de 1861 até seu assassinato em abril de 1865, para aprovar a 13ª Emenda, que abolia a escravidão no país, em 1865. A Guerra Civil norte-americana – também conhecida como Guerra de Secessão – é retratada neste longa, colocando em pauta as divergências de interesses entre os estados sulistas e nortistas, escravistas e não escravistas.


2 – Persepolis: o filme fala sobre o início da nova República Islâmica e como ela passou a controlar como as pessoas deveriam se vestir e agir.


3 – Munique: este filme de Spielberg fala sobre um ataque terrorista que aconteceu nas Olimpíadas de Munique de 1972, quando um grupo palestino denominado Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica e matou integrantes da equipe olímpica israelense.


4 – Tempos Modernos: clássico de Charles Chaplin que aborda a Revolução Industrial.


5 – Capitalismo - Uma história de amor: este documentário de Michael Moore fala sobre o capitalismo, a liberdade e os Estados Unidos.


6 – A Queda – As últimas horas de Hitler: é um filme alemão de 2004, que mostra os últimos dez dias da vida de Adolf Hitler, no Führerbunker, em 1945.


7 – Chasing Ice: o documentário dirigido por Jeff Orlowski mostra a expedição do fotógrafo James Balog ao Ártico, em que retrata os efeitos da mudança climática no planeta.


8- Uma Verdade Inconveniente: neste documentário, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta uma análise da questão do aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas


9 – 13 dias que abalaram o Mundo: a Guerra Fria é um tema recorrente nas provas do Enem. Neste filme o tema é abordado de maneira ampla a partir do episódio conhecido como “Crise dos Mísseis”, quando o governo soviético instalou mísseis em Cuba capazes de carregar ogivas nucleares. Como os EUA já haviam instalado ogivas nucleares na Turquia, apontadas para a URSS, o mundo ficou à beira de uma guerra de características nucleares.


10 – Adeus Lenin: novamente tratando do tema Guerra Fira, este filme aborda de forma cômica o processo de abertura econômica do bloco socialista, especialmente, na Alemanha Oriental. Após ver a mãe, uma socialista fervorosa, enfartar e entrar em coma depois de ser preso em uma manifestação contra o regime socialista na Alemanha Oriental, o protagonista faz de tudo pra que a mãe não sofra novas emoções. O problema é que, durante o período de coma da mãe, o Muro de Berlim caiu e a abertura econômica no país aconteceu de maneira bastante veloz. Tudo é retratado de maneira engraçada e divertida.


11 – Notícias de uma guerra particular: documentário brasileiro de 1999, produzido pelo cineasta João Moreira Salles e a produtora Kátia Lund, retrata o cotidiano dos traficantes e moradores da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. O documentário traça um paralelo entre as falas de moradores, dos traficantes e da polícia, colocando todos no mesmo patamar de envolvimento em uma guerra que não é uma “guerra civil”, mas uma “guerra particular”.


12 – Encontro com Milton Santos – O mundo global visto do lado de cá: o documentário é um alerta para a sociedade que sofre com os efeitos do consumo sem medida. Fala sobre a utopia de uma sociedade voltada ao capitalismo globalizado.


13 – Cortina de Fumaça: um documentário sobre a política de drogas no Brasil e no mundo, baseada na proibição de determinadas práticas relacionadas a algumas substâncias.


14 – Obsolescência programada: o documentário define a obsolência programada como “o motor secreto da nossa sociedade de consumo”. A expressão define a prática corrente da indústria de determinar a duração curta para alguns produtos com o objetivo de estimular o consumo das versões mais atuais.


15 – O Pianista: o filme conta a história do pianista judeu polonês Wladyslaw Szpilman, durante a 2ª Guerra Mundial. Com a invasão alemã e o início da guerra, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. O filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração.


16 – Diamante de Sangue: ambientado durante a Guerra Civil de Serra Leoa em 1996-2001, o filme retrata um país dilacerado pela luta entre partidários do governo e forças insurgentes. O título refere-se a diamantes que são extraídos em zonas de guerra africanos e vendidos para financiar conflitos e, assim, gera o lucro dos senhores da guerra e empresas de diamantes em todo o mundo.


17- Hotel Ruanda: em 1994, um conflito político em Ruanda (África), envolvendo as duas principais etnias do país, levou à morte quase um milhão de pessoas em apenas cem dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina, que era gerente do hotel Milles Collines, onde abrigou mais de 1200 pessoas durante o conflito.


18 – Soldados – A História de Kosovo: este drama de guerra mostra como o conflito destrói a vida de milhares de pessoas, e não só dos soldados mandados para os campos de batalha, falando da guerra do Kosovo a partir das histórias de alguns dos 1.750 soldados italianos que partiram rumo à Bósnia, como parte da missão de paz da ONU. A Guerra da Bósnia foi um dos mais sangrentos conflitos bélicos da história da humanidade.