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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

ESQUERDA E DIREITA: OS MITOS EM TORNO DOS EIXOS POLÍTICOS




ESQUERDA E DIREITA: O QUE DIZEM HISTÓRIA E TEORIA?




DIREITA E ESQUERDA: VALORES INDIVIDUAIS E COLETIVOS




COMO ESQUERDA E DIREITA SE DIFERENCIAM NA ECONOMIA?




Nota: este conteúdo foi extraído e adaptado do Livro Urgente da Política BrasileiraBaixe agora mesmo o eBook gratuito para ficar por dentro dos principais conceitos da política! 

Publicado originalmente em 10 de janeiro de 2017.


sábado, 19 de agosto de 2017

Resumão:

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)


A qualidade de vida em debate

Indicadores de desenvolvimento humano avançam no Brasil, mas o país perde uma posição no ranking global

por Maria Fernanda Teperdgian

Os dados mais recentes divulgados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), referente ao ano de 2014, mostram que o Brasil melhorou seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O relatório revela que o indicador passou de 0,752 em 2013 para 0,755 em 2014. Entre 2010 e 2014, o indicador brasileiro cresceu 0,60% ao ano.




Apesar do aumento, o Brasil caiu uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano, passando a ocupar o 75o lugar entre 188 países e territórios. O país foi ultrapassado pelo Sri Lanka. Esta nação insular localizada ao sul da Índia obteve um ritmo mais acelerado de crescimento nos últimos anos.

O IDH mede o desenvolvimento humano por meio de três componentes: educação, longevidade e renda. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais perto do 1, maior é o bem-estar e a qualidade de vida do país (veja como o IDH é calculado no boxe abaixo). Com IDH de 0,755, o Brasil está na categoria de países de Alto Desenvolvimento Humano. É o segundo maior nível na escala, onde também se encontram países como Uruguai, Venezuela, México, Turquia, Rússia e China.

O impacto da crise



O Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) foi divulgado em dezembro de 2015, em meio ao agravamento dos indicadores econômicos brasileiros. Mas será que já é possível identificar os reflexos do atual cenário econômico nos dados de desenvolvimento humano do Brasil?

Apesar de os indicadores serem referentes a 2014, quando a desaceleração da atividade econômica ainda mostrava seus primeiros sinais, é possível perceber que a crise já impactou o rendimento dos brasileiros. Isso porque esse dado específico mostra, de forma mais aparente e rápida, as mudanças da economia. O Brasil registrou queda na Renda Nacional Bruta (RNB) per capita em 2014 (15.175 dólares), quando comparada aos valores de 2013 (15.288 dólares). É a primeira vez, desde os anos 1990, que a RNB do Brasil sofreu uma retração. 

Mas se a renda do brasileiro caiu entre 2013 e 2014, afetando um aumento mais expressivo do IDH, os outros dois indicadores que medem os avanços sociais não foram impactados. O RDH mostra que o indicador de esperança de vida ao nascer aumentou de 74,2 anos em 2013 para 74,5 em 2014. Além disso, a média de anos de estudo passou de 7,4 para 7,7 nesse período. 

Esses indicadores específicos não foram afetados porque o IDH apresenta mudanças em longo prazo, ou seja, os reflexos sobre os investimentos em educação e expectativa de vida, por exemplo, são notados com o passar de alguns anos. Segundo o relatório, apenas recessões econômicas longas causariam impactos mais profundos no IDH. Os indicadores de escolaridade, por exemplo, podem ser afetados se os jovens deixassem de estudar para trabalhar mais cedo. Uma crise econômica prolongada também pode ter impacto nos serviços de saúde, o que afetaria diretamente a expectativa de vida. 

O relatório também fez dez menções diretas ao Brasil, com destaque ao programa social do governo federal, Bolsa Família, lançado em 2003, que recebeu três citações. O RDH reconheceu a iniciativa como uma política pública importante de transferência de renda para famílias mais pobres, melhorando as condições de educação e saúde de milhares de famílias. Segundo a ONU, esse programa poderia ser replicado em outras partes do mundo.




COMO É CALCULADO O IDH:

A apuração do Índice de desenvolvimento Humano (IDH) considera três indicadores: educação, longevidade e renda. Conheça o modo como são medidos esses parâmetros:
  •  SAÚDE É medida pela expectativa de vida: quanto mais saudável uma população, maior sua longevidade.
  • RENDA É medida pela Renda Nacional Bruta (RNB) per capita (a soma do PIB do país mais a renda recebida do exterior dividida pela população total).
  • EDUCAÇÃO É medida pela média de anos de estudo da população acima de 25 anos e pela expectativa de escolaridade para crianças no início da vida escolar. O IDH é calculado pela média geométrica de todas essas medidas.
* Se a desigualdade social for levada em consideração, o Brasil perde mais de um quarto de seu IDH

América do Sul e Brics

No ranking latino-americano, o Brasil fica apenas na 13a posição, atrás de nações como Chile, Uruguai, Cuba, Venezuela e Argentina – o líder na região. Ainda assim, o IDH brasileiro, de 0,755, é maior do que a média da América Latina, que registra 0,748.

Em uma perspectiva de longo prazo, porém, o relatório mostra que o IDH brasileiro cresceu 24,2% entre 1990 e 2014, um aumento anual médio de 0,91% no indicador. Esse foi o melhor desempenho entre os países da América do Sul. Durante esse período, os brasileiros ganharam 9,2 anos de expectativa de vida, viram a renda aumentar 50,7% e, na educação, a expectativa de anos de estudo para uma criança que entra no ensino em idade escolar cresceu 24,5% (3 anos), e a média de anos de estudos de adultos com 25 anos ou mais subiu 102,6% (3,9 anos).

Na comparação com os países do Brics,o grupo que compõe as principais economias emergentes, o Brasil possui o segundo melhor IDH, à frente de China, Índia e África do Sul.
O país é superado apenas pela Rússia, que ocupa o 50o lugar no ranking, com o IDH de 0,798. Embora os russos tenham melhores indicadores de educação e renda, os brasileiros têm quatro anos a mais de expectativa de vida.
Atrás do Brasil, está a China (90o), que possui o índice de 0,727, seguida da África do Sul (116o), com IDH de 0,666. O pior resultado entre os Brics é da Índia, que ocupa o 130o lugar no ranking, com 0,609 de índice. Os indianos também têm a menor renda (US$ 5.497) e menor média de anos de estudo (5,4) entre os membros do grupo. No entanto, ao observar a expectativa de vida dos cinco países, a África do Sul tem o indicador mais baixo, de 57,4 anos.


Desigualdade afeta o índice brasileiro

Mas se a desigualdade social for levada em conta, o Brasil fica com um desempenho pior que seus vizinhos na América Latina. Segundo o Pnud, o IDH é apenas uma média e não ilustra claramente a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano. Por isso, foi elaborado outro índice: o IDH-D (IDH Ajustado à Desigualdade). A distribuição desigual do desenvolvimento humano é medida em cada uma das três dimensões do IDH (longevidade, educação e renda) e então descontada do valor original do indicador. Quanto maior o percentual de desconto, maior a desigualdade no país.

No caso brasileiro, descontada a desigualdade, o IDH teria uma perda de 26,3% e ficaria com 0,557. O país se posiciona abaixo da média da América Latina nesses quesitos – a média para a região é de 0,570 no IDH-D e 23,7% de perda total do IDH. Entre os países considerados com alto nível de IDH (grupo no qual está o Brasil), a média do IDH-D fIca em 0,600, relativamente acima do índice brasileiro, com perda média de 19,4%.


O IDH no mundo

No cenário mundial, a Noruega continua com a primeira colocação no ranking, com IDH de 0,944. Mesmo e a desigualdade social for considerada, o país segue com o índice de 0,893, que é bem elevado. A média de anos de estudo no país é de 12,6 e a expectativa de vida está em 81,6 anos. Atrás da Noruega, estão Austrália, Suíça, Dinamarca e Holanda.

Dos 188 países listados no relatório, 45 conseguiram aumentar o índice em comparação com o último levantamento (2013) – sete deles estão na América Latina. O indicador dos países em desenvolvimento continua a crescer, mas em um ritmo menor do que na década passada. Entre 2000 e 2010, o IDH de países em desenvolvimento cresceu a uma média anual de 1,2%; porém, entre 2011 e 2014, o ritmo foi de apenas 0,7%.

A ONU destacou, no último relatório, que 2 bilhões de pessoas saíram de condições de baixo desenvolvimento humano nos últimos 25 anos. Em relação a 1990, o número de pessoas vivendo em países de IDH baixo caiu 60%, de 3,2 bilhões para 1,2 bilhão. Algumas nações da África Subsaariana, como Gana e Namíbia, estão entre os 19 que saíram dessa categoria. Embora essa região continue a ter o valor mais baixo do índice de desenvolvimento humano, 12 países têm níveis de IDH individuais que os classificam como médio. Entre eles estão Botsuana (106o), Gabão (110o) e Cabo Verde (122o).
Outro fato a ser destacado na análise do IDH é que o aspecto econômico por si só não leva diretamente a um maior desenvolvimento humano. Um exemplo que ilustra esse fato é a comparação entre Guiné Equatorial e Chile. Embora os dois países tenham indicadores de renda similares (ambos na faixa de 21 mil dólares), o IDH é bem distinto. Enquanto o Chile alcançou o índice de 0,832 e está no grupo de muito alto desenvolvimento, a Guiné teve 0,587 e ocupa o 138 o lugar no ranking. Essa diferença se deve aos outros dois indicadores. A média de anos de estudo no Chile é de 9,8 anos, enquanto que no país africano é de 5,5. O mesmo ocorre com os índices de expectativa de vida: os chilenos vivem 24 anos a mais que a população da Guiné Equatorial. Ou seja, a renda no país africano não se traduz em bem-estar para toda a sociedade.
Em relação aos países que mais cresceram no IDH, Ruanda merece destaque.
Em 1990, o índice era de 0,244 e, em 2014, alcançou 0,483. Nesse período, a nação passou pelo trauma de um conflito sectário que causou o genocídio de 1 milhão de pessoas. Nos últimos anos, a economia avançou e o país conseguiu melhorar seus indicadores. A maior mudança é na expectativa de vida da população do país, que aumentou 31 anos em relação a 1990.
Já os países que mais caíram no ranking foram a Líbia (27 posições) e a Síria (15 posições), duas nações afetadas por violentos conflitos internos. O último lugar permanece com o africano Níger, com IDH de 0,348.


SAIU NA IMPRENSA

BRASIL AVANÇA EM DESENVOLVIMENTO OU CAI EM RANKING DO IDH? COMO INTERPRETAR RELATÓRIO DA ONU

A ONU divulgou globalmente nesta segunda-feira seu relatório de Desenvolvimento Humano. (…)

O relatório deste ano traz informações sobre o Brasil que parecem, numa primeira leitura, contraditórias: o país melhorou sua nota no IDH em 2014, mas perdeu uma posição no ranking – da 74a para a 75a – ao ser ultrapassado pelo Sri Lanka, um país insular ao sul da Índia. (…) Mas seria essa queda do Brasil no ranking algo relevante? Para a coordenadora do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) no Brasil, Andrea Bolzon, não. Segundo Bolzon, o mais importante é manter a tendência de avanço na nota.

“O ranking é uma corrida (em direção a maiores níveis de desenvolvimento). O fato de alguém te ultrapassar numa corrida não significa que você parou de andar ou andou para trás, significa que alguém passou mais rápido por você”, acrescenta. (…)
BBC Brasil, 14/12/2015

RESUMO

IDH

IDH Para medir as variações no padrão da qualidade de vida das diferentes populações do globo, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) criou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A apuração desse índice considera três indicadores: educação, longevidade e renda.


RANKINGS No ranking mundial, cada país recebe uma pontuação de IDH, que varia entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade de vida do país. O Pnud faz o ranking que separa os países em quatro categorias: os com muito alto desenvolvimento, os com alto desenvolvimento, os com médio desenvolvimento e os com baixo desenvolvimento humanos.


BRASIL O IDH brasileiro passou de 0,752 em 2013 para 0,755 em 2014. Apesar do aumento, o país caiu uma posição no ranking mundial de desenvolvimento humano e passa a ocupar o 75o lugar entre 188 países listados no relatório. O crescimento do IDH brasileiro foi afetado pela renda, que caiu 0,74% entre 2013 e 2014. O Brasil está na categoria de países de Alto Desenvolvimento Humano. A expectativa de vida do brasileiro é de 74,5 anos e a média de anos de estudo é de 7,7 nesse último relatório.

IDH E DESIGUALDADE Segundo o Pnud, o IDH é apenas uma média que não ilustra claramente a desigualdade na distribuição do desenvolvimento humano. Por isso, foi elaborado outro índice: o IDH-D (IDH Ajustado à Desigualdade). A distribuição desigual do desenvolvimento humano é medida em cada uma das três dimensões do IDH e então descontada do valor original do indicador. No caso brasileiro, descontada a desigualdade, o IDH teria uma perda de 26,3% e ficaria com 0,557.

CENÁRIO MUNDIAL A Noruega é o primeiro colocado no ranking mundial, com IDH de 0,944. Em seguida, vêm Austrália, Suíça, Dinamarca e Holanda. A África Subsaariana, por sua vez, é a região que mais concentra países com IDH baixo – Níger é o último colocado no ranking, com IDH de 0,348. Entre 1990 e 2014, Síria e Líbia foram os países que mais caíram no ranking.

Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/questoes-sociais-idh-o-desenvolvimento-humano-avanca-no-brasil/

quarta-feira, 22 de março de 2017



Livros para fichamento 




A METAMORFOSE - FRANZ KAFKA 

Neste livro conhecemos um jovem, que um dia, ao acordar, percebe que se transformou em um grande inseto asqueroso.


1984-George-Orwell

É um livro escrito na década de 40 que conta a história de um mundo dominado por ditadores e em que as pessoas não possuem liberdade ou privacidade.


Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley 

Neste livro, somos apresentados a um futuro em que a genética humana é totalmente controlada pelas pessoas, e isso tem fortes impactos na sociedade.


Do contrato social

Jean-Jacques Rousseau foi um dos filósofos mais importantes do século XVIII e em seu livro ele explica o conceito de contrato social, ou seja, um contrato imaginário que todos concordamos para podermos viver em sociedade.

Vidas secas - GRACILIANO-RAMOS

Publicada pela primeira vez há setenta anos, a obra continua atual. Retrata o drama das secas do Nordeste e suas conseqüências sociais, incluindo a fome e as dificuldades de sobrevivência. Descreve o sofrimento dos retirantes com realismo e precisão, utilizando frases curtas e um estilo direto, ainda que empregue alguns vocábulos exclusivos do linguajar dos nordestinos do sertão. É o único livro de Graciliano Ramos escrito na terceira pessoa. A estrutura do romance permite a leitura independente dos seus capítulos.

Guia politicamente incorreto da filosofia

Em 'O Guia Politicamente Incorreto da Filosofia', Luiz Felipe Pondé busca desbravar a história do politicamente correto, através do pensamento de grandes filósofos, como Nietzsche, Darwin, o escritor Nelson Rodrigues, entre outros. Dividido por temas, a obra se baseia em conceitos defendidos por grandes filósofos do mundo inteiro para abordar assuntos como capitalismo, religião, mulheres, instintos humanos, preconceito, felicidade e covardia.


O homem invisível

Este livro conta a agonia de um homem negro vivendo na época da segregação social nos Estados Unidos no meio de homens brancos.


História dos Estados Unidos - Leandro Karnal 

Como pode os Estados Unidos provocarem tanto ódio, a ponto de muita gente no mundo ficar feliz com ataques suicidas de fanáticos obscurantistas contra eles? Como pode uma cultura influenciar tantas outras e ostentar, muitas vezes, um provincianismo digno de rincões escondidos no espaço e no tempo? Nação que absorveu mais imigrantes que nenhuma outra na história, que respeita as diferenças criando etiquetas para as minorias, que incorpora cientistas do mundo todo em suas melhores universidades, que espalhou para o mundo o cinema e o jazz, séries de tv e calças jeans, padrão de magreza anoréxica e de seios inflados; país que defendeu a democracia em 'guerras justas' e atentou contra ela em invasões injustificáveis. É sobre esse fascinante país que trata este livro. Feita com olhar brasileiro, a obra foi escrita por quatro especialistas da área, passando longe da visão maniqueísta com que o tema comumente é tratado. Obra considerada essencial para quem não é indiferente às influências que a terra do 'Tio Sam' exerce sobre todos.


O lado bom da vida

Pat Peoples, um ex-professor de história na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um 'tempo separados'. 
Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, sua esposa negando-se a aceitar revê-lo e seus amigos evitando comentar o que aconteceu antes de sua internação, Pat, agora um viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. 
À medida que seu passado aos poucos ressurge em sua memória, Pat começa a entender que 'é melhor ser gentil que ter razão' e faz dessa convicção sua meta. Tendo a seu lado o excêntrico (mas competente) psiquiatra Dr. Patel e Tiffany, a irmã viúva de seu melhor amigo, Pat descobrirá que nem todos os finais são felizes, mas que sempre vale a pena tentar mais uma vez.
Um livro comovente sobre um homem que acredita na felicidade, no amor e na esperança.


Memórias Póstumas de Brás Cubas

"Machado de Assis mostra que um texto clássico resiste ao tempo e permanece vivo porque fala das questões fundamentais da existência. Obras do escritor devem constar do repertório de leitura de todos". 


O Príncipe - Maquiavel 

A grandeza e originalidade de 'O Príncipe' consiste em ter alargado o campo da ciência na política, distinguindo os interesses políticos primários das classes, mas confundindo-os, ao mesmo tempo, em uma monstruosa razão de Estado pela qual o povo é apenas matéria plástica nas mãos do Príncipe.


Política para Não Ser Idiota - Cortella, Mario Sergio / Ribeiro, Renato Janine.

Devemos conclamar as pessoas a se interessarem pela política do cotidiano ou estaríamos diante de algo novo, um momento de saturação do que já conhecemos e maturação de novas formas de organização social e política? Este livro apresenta um debate inspirador sobre os rumos da política na sociedade contemporânea. São abordados temas como a participação na vida pública, o embate entre liberdade pessoal e bem comum, os vieses de escolhas e constrangimentos, o descaso dos mais jovens em relação à democracia, a importância da ecocidadania, entre tantos outros pontos que dizem respeito a todos nós. Além dessas questões, claro, esses pensadores de nossa realidade apontam também algumas ações indispensáveis, como o trabalho com política na escola, o papel da educação nesse campo, como desenvolver habilidades de solução de conflitos e de construção de consensos. Enfim, um livro indispensável ao exercício diário da cidadania.

Link para download dos livros :




















domingo, 12 de março de 2017

“O animal satisfeito dorme”, texto de Mário Sérgio Cortella




O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.


A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

Por isso, quando alguém diz “fiquei muito satisfeito com você” ou “estou muito satisfeita com teu trabalho”, é assustador. O que se quer dizer com isso? Que nada mais de mim se deseja? Que o ponto atual é meu limite e, portanto, minha possibilidade? Que de mim nada mais além se pode esperar? Que está bom como está? Assim seria apavorante; passaria a idéia de que desse jeito já basta. Ora, o agradável é quando alguém diz: “teu trabalho (ou carinho, ou comida, ou aula, ou texto, ou música etc.) é bom, fiquei muito insatisfeito e, portanto, quero mais, quero continuar, quero conhecer outras coisas.

Um bom filme não é exatamente aquele que, quando termina, ficamos insatisfeitos, parados, olhando, quietos, para a tela, enquanto passam os letreiros, desejando que não cesse? Um bom livro não é aquele que, quando encerramos a leitura, o deixamos um pouco apoiado no colo, absortos e distantes, pensando que não poderia terminar? Uma boa festa, um bom jogo, um bom passeio, uma boa cerimônia não é aquela que queremos que se prolongue?

Com a vida de cada um e de cada uma também tem de ser assim; afinal de contas, não nascemos prontos e acabados. Ainda bem, pois estar satisfeito consigo mesmo é considerar-se terminado e constrangido ao possível da condição do momento.

Quando crianças (só as crianças?), muitas vezes, diante da tensão provocada por algum desafio que exigia esforço (estudar, treinar,EMAGRECER etc.) ficávamos preocupados e irritados, sonhando e pensando: por que a gente já não nasce pronto, sabendo todas as coisas? Bela e ingênua perspectiva. É fundamental não nascermos sabendo e nem prontos; o ser que nasce sabendo não terá novidades, só reiterações. Somos seres de insatisfação e precisamos ter nisso alguma dose de ambição; todavia, ambição é diferente de ganância, dado que o ambicioso quer mais e melhor, enquanto que o ganancioso quer só para si próprio.

Nascer sabendo é uma limitação porque obriga a apenas repetir e, nunca, a criar, inovar, refazer, modificar. Quanto mais se nasce pronto, mais refém do que já se sabe e, portanto, do passado; aprender sempre é o que mais impede que nos tornemos prisioneiros de situações que, por serem inéditas, não saberíamos enfrentar.

Diante dessa realidade, é absurdo acreditar na idéia de que uma pessoa, quanto mais vive, mais velha fica; para que alguém quanto mais vivesse mais velho ficasse, teria de ter nascido pronto e ir se gastando…

Isso não ocorre com gente, e sim com fogão, sapato, geladeira. Gente não nasce pronta e vai se gastando; gente nasce não-pronta, e vai se fazendo. Eu, no ano que estamos, sou a minha mais nova edição (revista e, às vezes, um pouco ampliada); o mais velho de mim (se é o tempo a medida) está no meu passado e não no presente.

Demora um pouco para entender tudo isso; aliás, como falou o mesmo Guimarães, “não convém fazer escândalo de começo; só aos poucos é que o escuro é claro”…

Excerto do livro “Não nascemos prontos! – provocações filosóficas”. De Mário Sérgio Cortella


Fim da URSS - Geografia - Vídeo resumindo o processo. 


Hoje você vai ver que a União Soviética acabou mais rápido que esse vídeo!





Fim da União Soviética 



Resumo do resumo :D


A estagnação econômica a partir de meados da década de 1970, aliada à corrida armamentista, coloca em evidência as deficiências e distorções estruturais da sociedade soviética e a necessidade de reformas urgentes. A URSS enfrenta dificuldades crescentes para manter sua hegemonia na Europa Oriental, recua na Ásia, África e América Latina e naufraga no Afeganistão.

Fim da URSS

Perestroika

Movimento geral de desestalinização adotado a partir da ascensão de M. Gorbatchóv á secretaria geral do PCUS (11 de março de 1985) e que ao lado da glasnost (transparência), provocou reformas fundamentais em toda a vida soviética.

A perestroika, ou reconstrução econômica é iniciada em 1985, logo após a instalação do governo Gorbatchóv. Consiste num projeto ambicioso de introdução de mecanismos de mercado, renovação do direito à propriedade privada e diferentes setores e retomada do crescimento. A perestroika visa reduzir os monopólios estatais, descentralizar as decisões empresariais e criar setores comerciais, industriais e de serviços nas mãos de proprietários privados nacionais ou estrangeiros.

O Estado continua como principal proprietário, mas é permitida a propriedade privada em setores secundários de produção de bens de consumo, comércio varejista e serviços não-essenciais. Na agricultura é permitido o arrendamento de terras estatais e cooperativas por grupos familiares e indivíduos. A retomada do crescimento é projetada por meio de conversão de industrias militares em civis, voltadas para a produção de bens de consumo, e de investimentos estrangeiros.

Glasnost

Na antiga URSS, política de transparência que tinha como objetivo permitir uma renovação da vida pública.

A glasnost, ou transparência política, foi desencadeada paralelamente ao anúncio da perestroika e considerada essencial para mudar a mentalidade, acabar com a burocracia e criar uma vontade política geral de realizar as reformas.


Abrange o fim da perseguição aos dissidentes políticos, marcada simbolicamente pelo retorno do exílio do físico Abdrei Sakharov, em 1986, e inclui campanhas contra a corrupção e a ineficiência administrativa, realizadas com a intervenção dos meios de comunicação e a crescente participação da população.

Avança ainda na liberalização cultural, com a liberação de obras proibidas, a permissão para a publicação de uma nova safra de obras críticas ao regime e a liberdade de imprensa, caracterizada pelo numero crescente de jornais e emissoras de rádio e TV que abrem espaço às críticas.

Até a próxima ^^