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domingo, 25 de setembro de 2016
O Brasil e o Índice de Desenvolvimento Humano da ONU
O IDH significa Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida importante da ONU (Organização das Nações Unidas) para avaliar a qualidade de vida e o desenvolvimento econômico de uma população. O objetivo da criação do IDH foi de oferecer um contraponto a outro indicador muito usado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que leva em conta tão somente a dimensão econômica do desenvolvimento.
O IDH foi criado pelo economista paquistanês Mahbub Ul Haq com a colaboração do economista Indiano Amartya Sem, prêmio Nobel de economia de 1988. Desde 1993, anualmente o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) elabora o chamado Relatório de Desenvolvimento Humano, com base em três pilares, a saber: saúde, educação e renda, que são mensurados da seguinte forma:
a) uma vida longa e saudável (saúde): expectativa de vida ao nascer;
b) o acesso ao conhecimento (educação): média de anos de estudo (adultos) e anos esperados de escolaridade (crianças); e, finalmente, considera-se a taxa de alfabetização e a taxa de matrícula.
c) um padrão de vida decente (renda): considera-se o PIB per capita (PIB total dividido pelo número de habitantes do país) medido em dólares.
O IDH varia de uma escala de O (zero), nenhum desenvolvimento humano, a 1 (um), desenvolvimento humano total. Quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido é o país. Este índice também é utilizado para apurar o desenvolvimento de cidades, estados e regiões. O ranking divide os países em 4 (quatro) categorias, com índices de desenvolvimento “muito elevado”, “elevado”, médio” e “baixo”.
Nos últimos trinta anos, o Brasil registrou um crescimento de 36,4% no IDH. Segundo a ONU, passou de 0,545 (desenvolvimento “baixo”) em 1980 para 0,744 em 2013 (desenvolvimento “elevado”). Em termos de desenvolvimento humano, o Brasil mostra uma melhora consistente da condição de vida das pessoas nos últimos 30 anos. Foi um dos países do planeta que mais evoluiu, segundo os estudiosos do IDH.
Esta notícia alvissareira contudo transforma-se numa inquietude pelo Relatório do IDH 2014. O Brasil perdeu uma posição no ranking que mede o IDH dos países e ficou em 75º lugar em 2014, segundo relatório da ONU, em relação a 188 países. Quem passou à frente do Brasil em 2014 foi o Sri Lanka, ilha ao sul da Índia com cerca de 21 milhões de habitantes.
Segundo o relatório IDH 2014, a Noruega ocupa a primeira posição do ranking desenvolvimento humano da ONU, com um índice de 0,944. Vejamos os 10 melhores IDHs do mundo: 1. Noruega- 0,944; 12. Austrália – 0,935; 3. Suíça- 0,930; 4. Dinamarca – 0,923; 5. Holanda – 0,922; 6. Alemanha – 0,916; 7. Irlanda – 0,916; 8. EUA – 0,915; 9. Canadá – 0,913; 10. Nova Zelândia – 0,913.
Os 10 piores IDHs do mundo: Rep. Democrática do Congo (176º) - 0,433; Libéria (177º) – 0,430; Guiné-Bissau (178º) – 0420; Mali (178º) 0,419; Moçambique (18º0) 0,416; Serra Leoa (181º) 0,423; Guine (182º) -0,411; Burkina Faso (183º) 0,402; Burundi (184º.burundi) – 0,400; Níger (188º. – 0,348.
Seguem os 15 melhores índices da América Latina: 1. Argentina (40º no ranking mundial, 0,836); 2. Chile (42º), 0,832; 3. Uruguai (52º),- 0,793); 4. Bahamas (55º) – 0,790; 5. Barbados (57º) – 0,785; 6. Antígua e Barbuda (58º) - 0,783; 7. Panamá (60º) – 0,780; 8. Trinidad e Tobago (68º) – 0,772; 9. Cuba – 67º) – 0,769; 10. Costa Rica (69º) – 0,766; 11. Venezuela (71º) - 0,762; 12. México (74º) - 0,756; 13. Brasil (75º) - 0,755; 14. Peru (84º) – 0,734; 15. Equador (88º) – 0,732.
Como vemos, em termos de América Latina o Brasil não está bem na foto não. Entre os 15 melhores índices, o Brasil coloca-se na 13ª. posição do ranking e só não está à frente do Peru e Equador.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
África (política, economia e aspectos geográficos) - dicas e questões comentadas
Continente mais extenso da zona intertropical, apresenta quadro natural heterogêneo e é povoado por diversas culturas e etnias. Muito explorada pelas potências europeias na época colonial, hoje é marcada por guerras civis, instabilidade política e econômica.
ASPECTOS FÍSICO-NATURAIS
Relevo: predominam os planaltos antigos e desgastados, quase sempre com altitude inferior a mil metros. Quando o escudo cristalino aflora, ocorrem grandes jazidas de diversos minerais, como ferro, cobalto e magnésio. Planícies aparecem em áreas litorâneas e adentram o continente apenas onde correm alguns grandes rios, como o rio Senegal e o Gâmbia. Uma grande falha geológica no leste da África a separou da Península Arábica, originou o Mar Vermelho e rebaixou o relevo da região que acumulou água e formou o Planalto dos Grandes Lagos.
Vegetação e clima: a partir do centro do continente, variam na mesma ordem (do úmido para o seco), abaixo e acima da linha do Equador. Partindo-se das florestas equatoriais do Congo e do clima equatorial úmido (no centro), passa-se às savanas e ao clima tropical e, depois, às estepes e aos climas semiáridos. Por fim, chega-se aos desertos e, nos extremos norte e sul do continente, à vegetação mediterrânea.
ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS E HUMANOS
A maioria das nações vive em guerra civil, instabilidade política intensa e seca prolongada. Isso gera economias pobres e fragmentadas, incapazes de gerar riquezas para as populações. Caracterizam a África elevadas taxas de natalidade e de mortalidade e baixa expectativa de vida agravada pela prevalência da AIDS em até 10% dos habitantes de alguns Estados.
Política: durante a colonização, tribos historicamente rivais foram obrigadas a viver num mesmo país, após a partilha do continente pelas potências europeias. Depois da Segunda Guerra Mundial, ocorrem as lutas pela independência e as tribos passam a disputar o poder entre si. Essa concorrência perdura em diversos países, onde grupos se alternam no poder através de guerras e massacres sangrentos entre etnias diferentes, como os de Darfur e Ruanda.
Economia: mesmo com grandes reservas minerais, a África encontra obstáculos para gerar riquezas. Justamente por serem exportadores apenas de gêneros alimentícios e minerais, os países africanos são vulneráveis à variação internacional de preços (em momentos de preços baixos, falta dinheiro e há endividamento e crise financeira no continente). Os recursos minerais africanos (como petróleo e diamantes) são dominados por poucos, que comumente os usam para financiar guerras civis e não para o desenvolvimento socioeconômico.
FIQUE ATENTO!
- Em 2009, a pirataria reapareceu no Chifre da África (onde está a Somália). Muitos navios cargueiros foram sequestrados, originando pedidos milionários de resgate. Com a completa falência do governo somali, os clãs locais se viram livres para tomar as atitudes que bem entendessem. Assim, em uma típica região deflagrada africana (devastada pela guerra, sem indústrias e carente de infraestrutura agrícola), a alternativa lucrativa encontrada foi a pirataria.
Munidos de lanchas velozes, fuzis de assalto, granada e lança mísseis, os piratas abordavam navios e rumavam para a costa somali, escondendo as embarcações e exigindo resgate. A região dos ataques é rota de passagem de grande parte do petróleo escoado do Oriente Médio e, por isso, essas ações chamaram muita atenção. Mais que isso, esses fatos exemplificam a realidade a que estão submetidos os africanos e as consequências que ela pode gerar.
- Em 2010, a República da África do Sul sediará a Copa do Mundo da Federação Internacional de Futebol Associado (FIFA). O país já foi adepto de severas leis segregacionistas (conhecidas como Apartheid) e, por conta deste triste passado, a realização do evento surge com esperança de superação de erros históricos e de possibilidade de um futuro melhor inclusive com a construção do maior estádio da Copa, em Johanesburgo, cidade-símbolo do Apartheid.
COMO JÁ CAIU EM PROVAS ?
(FGV) Sobretudo, a partir da década de 60, o continente africano tem passado por um processo de descolonização, isto é, de independência política formal que:
a) tem permitido às jovens nações superar o atraso econômico motivado pela exploração das antigas metrópoles.
b) desacompanhada da respectiva independência econômica e financeira não conseguiu alterar de forma efetiva as precárias condições de vida da população.
c) reestruturou economicamente as novas nações, uma vez que elas deixaram de produzir para os mercados externos e voltaram-se para as necessidades da população local.
d) alterou sensivelmente o papel das antigas colônias na divisão internacional de trabalho uma vez que estas passaram a ter autonomia econômica.
e) possibilitou a superação das relações de subordinação econômica das antigas colônias através do desenvolvimento de atividades industriais modernas.
(PUC-Campinas) "Recentemente, por questões humanitárias, os Estados Unidos atuaram na Somália mas, poderiam ter optado pelo Sudão ou Etiópia, países vizinhos, com guerras civis e milhões de esfomeados. Nunca o caráter periférico da África foi tão evidente quanto agora, pois não há superpotências que disputem o continente e os países são entregues à própria sorte (ou infortúnio)."
Da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre a África é possível afirmar que
a) as disputas internas provocadas pelos clãs tribais têm alterado a posição do continente no cenário mundial, transformando a África numa área de fracos investimentos.
b) o processo de islamização forçado, pelo qual passa grande parte da África, restringe as possibilidades de intervenção estrangeira no continente.
c) hoje, a busca de mercados consumidores substitui os antigos critérios geopolíticos, e a pobreza da África como um todo, pouco interessa ao mundo desenvolvido.
d) vários órgãos supranacionais têm tentado promover a destribalização da parte mais pobre da África, no sentido de torná-la mais atraente aos investimentos estrangeiros.
e) a manutenção de regimes autoritários, com guerrilhas e atos de terrorismo, tem dificultado a ação das forças de paz e de certa forma influído na Nova Ordem Mundial.
(UFMG) Todas as alternativas apresentam afirmações corretas ligadas ao final do "apartheid" na África do Sul, EXCETO
a) A África do Sul, com as eleições presidenciais de 1994, deu um passo importante para romper com seu passado de discriminação racial.
b) As restrições comerciais impostas ao antigo regime racial foram suspensas, e a África do Sul restabeleceu suas relações comerciais internacionais.
c) O fim do "apartheid" gerou poucas mudanças para a população branca cuja elite continua a controlar a economia e a burocracia do país.
d) O novo país passa a contar com uma população negra, etnicamente homogênea, uma vez que os bantustões formaram países independentes.
e) O novo regime se deparou com a possibilidade de aproximação entre as experiências sociais e econômicas de brancos e negros.
GABARITO
(FGV) Resposta correta: B
(PUC-Campinas) Resposta correta: C
(UFMG) Resposta correta: D
sábado, 3 de setembro de 2016
18 dicas de filmes para estudar Geografia
Cena do filme Tempos Modernos.
Muito além dos livros, cadernos e das aulas explicativas, existem hoje vários recursos que podem ser utilizados nas salas para tornar as aulas mais interessantes e ainda contribuir para o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. Um dos recursos que mais agradam alunos e professores é a utilização de filmes e documentários para estudar determinados temas que são recorrentes em provas e vestibulares. Os filmes são fonte de informação e cultura e, muitas vezes, a forma e a linguagem como as temáticas são abordadas permitem ao estudante uma melhor compreensão do assunto.
O educador pode planejar sua aula de forma a explorar o conteúdo do filme, realizando analogias com o tema trabalhado em sala de aula. As produções audiovisuais podem ainda ser uma opção de atividade extraclasse, uma oportunidade de juntar uma turma e estudar enquanto se divertem e ficar bem preparado para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo.
Listamos aqui 18 dicas de filmes para estudar Geografia. Diversos conteúdos dessa disciplina podem ser debatidos através de filmes, proporcionando condições para uma reflexão crítica dos acontecimentos, inclusive de atualidades. Alguns estão disponíveis em serviços de streaming ou também para locação on line. Preparem a pipoca e que comecem os estudos.
1 – Lincoln: dirigido por Steven Spielberg, o filme mostra a luta de Abraham Lincoln, presidente dos Estados Unidos de 1861 até seu assassinato em abril de 1865, para aprovar a 13ª Emenda, que abolia a escravidão no país, em 1865. A Guerra Civil norte-americana – também conhecida como Guerra de Secessão – é retratada neste longa, colocando em pauta as divergências de interesses entre os estados sulistas e nortistas, escravistas e não escravistas.
2 – Persepolis: o filme fala sobre o início da nova República Islâmica e como ela passou a controlar como as pessoas deveriam se vestir e agir.
3 – Munique: este filme de Spielberg fala sobre um ataque terrorista que aconteceu nas Olimpíadas de Munique de 1972, quando um grupo palestino denominado Setembro Negro invadiu a Vila Olímpica e matou integrantes da equipe olímpica israelense.
4 – Tempos Modernos: clássico de Charles Chaplin que aborda a Revolução Industrial.
5 – Capitalismo - Uma história de amor: este documentário de Michael Moore fala sobre o capitalismo, a liberdade e os Estados Unidos.
6 – A Queda – As últimas horas de Hitler: é um filme alemão de 2004, que mostra os últimos dez dias da vida de Adolf Hitler, no Führerbunker, em 1945.
7 – Chasing Ice: o documentário dirigido por Jeff Orlowski mostra a expedição do fotógrafo James Balog ao Ártico, em que retrata os efeitos da mudança climática no planeta.
8- Uma Verdade Inconveniente: neste documentário, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos Al Gore apresenta uma análise da questão do aquecimento global, mostrando os mitos e equívocos existentes em torno do tema e também possíveis saídas para que o planeta não passe por uma catástrofe climática nas próximas décadas
9 – 13 dias que abalaram o Mundo: a Guerra Fria é um tema recorrente nas provas do Enem. Neste filme o tema é abordado de maneira ampla a partir do episódio conhecido como “Crise dos Mísseis”, quando o governo soviético instalou mísseis em Cuba capazes de carregar ogivas nucleares. Como os EUA já haviam instalado ogivas nucleares na Turquia, apontadas para a URSS, o mundo ficou à beira de uma guerra de características nucleares.
10 – Adeus Lenin: novamente tratando do tema Guerra Fira, este filme aborda de forma cômica o processo de abertura econômica do bloco socialista, especialmente, na Alemanha Oriental. Após ver a mãe, uma socialista fervorosa, enfartar e entrar em coma depois de ser preso em uma manifestação contra o regime socialista na Alemanha Oriental, o protagonista faz de tudo pra que a mãe não sofra novas emoções. O problema é que, durante o período de coma da mãe, o Muro de Berlim caiu e a abertura econômica no país aconteceu de maneira bastante veloz. Tudo é retratado de maneira engraçada e divertida.
11 – Notícias de uma guerra particular: documentário brasileiro de 1999, produzido pelo cineasta João Moreira Salles e a produtora Kátia Lund, retrata o cotidiano dos traficantes e moradores da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro. O documentário traça um paralelo entre as falas de moradores, dos traficantes e da polícia, colocando todos no mesmo patamar de envolvimento em uma guerra que não é uma “guerra civil”, mas uma “guerra particular”.
12 – Encontro com Milton Santos – O mundo global visto do lado de cá: o documentário é um alerta para a sociedade que sofre com os efeitos do consumo sem medida. Fala sobre a utopia de uma sociedade voltada ao capitalismo globalizado.
13 – Cortina de Fumaça: um documentário sobre a política de drogas no Brasil e no mundo, baseada na proibição de determinadas práticas relacionadas a algumas substâncias.
14 – Obsolescência programada: o documentário define a obsolência programada como “o motor secreto da nossa sociedade de consumo”. A expressão define a prática corrente da indústria de determinar a duração curta para alguns produtos com o objetivo de estimular o consumo das versões mais atuais.
15 – O Pianista: o filme conta a história do pianista judeu polonês Wladyslaw Szpilman, durante a 2ª Guerra Mundial. Com a invasão alemã e o início da guerra, começaram também restrições aos judeus poloneses pelos nazistas. O filme mostra o surgimento do Gueto de Varsóvia, quando os alemães construíram muros para encerrar os judeus em algumas áreas, e acompanha a perseguição que levou à captura e envio da família de Szpilman para os campos de concentração.
16 – Diamante de Sangue: ambientado durante a Guerra Civil de Serra Leoa em 1996-2001, o filme retrata um país dilacerado pela luta entre partidários do governo e forças insurgentes. O título refere-se a diamantes que são extraídos em zonas de guerra africanos e vendidos para financiar conflitos e, assim, gera o lucro dos senhores da guerra e empresas de diamantes em todo o mundo.
17- Hotel Ruanda: em 1994, um conflito político em Ruanda (África), envolvendo as duas principais etnias do país, levou à morte quase um milhão de pessoas em apenas cem dias. Sem apoio dos demais países, os ruandenses tiveram que buscar saídas em seu próprio cotidiano para sobreviver. Uma delas foi oferecida por Paul Rusesabagina, que era gerente do hotel Milles Collines, onde abrigou mais de 1200 pessoas durante o conflito.
18 – Soldados – A História de Kosovo: este drama de guerra mostra como o conflito destrói a vida de milhares de pessoas, e não só dos soldados mandados para os campos de batalha, falando da guerra do Kosovo a partir das histórias de alguns dos 1.750 soldados italianos que partiram rumo à Bósnia, como parte da missão de paz da ONU. A Guerra da Bósnia foi um dos mais sangrentos conflitos bélicos da história da humanidade.
Fonte: Blog Educação.
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